O Sistema OCB/MT, realizou no dia 27/02, uma live para apresentar as Perspectivas para a safra 23/24, com informações relevantes sobre o cenário mercadológico e as principais commodities agrícolas e pecuária leiteira no estado. A proposta foi a de repassar informações para análises estratégicas sobre o cenário econômico para setores da soja, milho, algodão e demais culturas do agro.
Durante duas horas, o Superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária - IMEA, Cleiton Gauer, apresentou e analisou o levantamento elaborado pelo Instituto, para os produtores rurais e representantes de diversos setores do cooperativismo.
Gauer mostrou que Mato Grosso vai contar com uma produção recorde para a safra de soja 22/23, com 42,82 milhões de toneladas; quanto ao milho, apesar do atraso na semeadura em Mato Grosso, a expectativa de produção do estado é de 46,41 milhões de toneladas. Em relação ao algodão espera-se para Mato Grosso um recuo de 5,38% na área semeada da safra 22/23 ante a 21/22, devido aos preços menos atrativos da fibra e quanto a comercialização da pluma no estado segue em um ritmo lento, devido a mudança da conduta dos produtores em aguardar preços mais atrativos para vender a sua pluma.
“Com relação ao mercado de leite em 2023 é previsto uma oferta enxuta em comparação aos anos anteriores, visto que os altos custo de produção refletiram na saída de produtores da atividade, o que resultou na menor produção de leite em 2022. Preços dos lácteos podem seguir em patamares altistas, devido a oferta limitada de leite no país”, salientou o superintendente.
O levantamento do Imea mostrou que Mato Grosso está perdendo posição no ranking brasileiro, ocupando atualmente o 10º produtor de leite do Brasil, com produção de 545,93 milhões de litros /2021. “Para se ter uma ideia da saída dos produtores da atividade, em 2015 eram 600 mil animais ordenhados e em 2021 baixou para 340 mil animais ordenhados”, pontuou.
O superintendente da OCB/MT, Frederico Azevedo, quis saber sobre o impacto de um caso da doença da "vaca louca" no Pará no mercado, principalmente do leite. Gauer ressaltou que “como não figuramos como grandes produtores, o impacto maior será na imagem do setor”.
Ele ressaltou que para o setor lácteo a cooperativa é a melhor saída para continuar se mantendo na atividade. “A cooperativa tem que fomentar as ações junto aos produtores, para aumentar a produção, melhor a gestão da propriedade, principalmente os pequenos que precisam mais de tecnologia, inseminação, conhecimento, para não se sentir sozinho e ser pressionados pelas demais ofertas de renda”, disse.
Cleiton Gauer, finalizou a live, mandado uma mensagem para os produtores, de que um dos principais gargalos “é questão da gestão e que precisam ter ciência e gerenciamento econômico e financeiro da atividade, precisam se organizar”.
Assista a Live : Perspectivas para a safra 23/24
Quem não pode participar da live, pode assistir no Canal de Youtube Sistema OCB/MT.
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